segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Retinopatia diabética; prevenção - Jorge Loureiro

A diabetes pode desencadear sérios problemas oftalmológicos ao longo dos anos quando esta não é bem tratada.
Uma administração bem sucedida da doença requer um esforço conjunto.
Para evitar o aparecimento da retinopatia diabética, três importantes cuidados devem ser observados: fazer correctamente o controle glicémico; manter sob controle a pressão sanguínea; realizar o exame de visão anualmente.
A retinopatia é uma das complicações mais comuns e está presente tanto na diabetes 1 quanto na 2.
A doença é a principal causa da cegueira em idade laborativa.
Trata-se de lesões que aparecem na retina, podendo causar diversos sangramentos.
Neste ano, a Associação Americana de Diabetes terá como tema do Dia de Alerta Sobre Diabetes a retinopatia.
O evento será realizado no dia 5 de outubro, no IMO de São Paulo, Brasil.

Diabetes: sua classificação - Jorge Loureiro

A diabetes mellitus ocorre quando o organismo pára de produzir insulina ou não consegue utilizá-la adequadamente.
Caracteriza-se pelos altos níveis de glicose no sangue (hiperglicemia).
É classificada da seguinte forma:
Diabetes tipo 1 - Causada por uma destruição das células beta, produtoras de insulina.
O tratamento da diabetes tipo 1, na maioria dos casos, consiste num programa de educação com o paciente, na aplicação diária de insulina, na dieta e na prática de exercícios físicos;
Diabetes tipo 2 - Neste tipo de diabetes há uma grande relação com a obesidade, com o sedentarismo e com a genética. Uma das características é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas;
Diabetes gestacional - é a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é detectada pela primeira vez na gravidez. Pode persistir ou desaparecer depois do parto.
Há outras variações da diabetes em estudo. Saiba mais.

Nova técnica cirúrgica de tratamento da Diabetes Tipo 2 - Jorge Loureiro

Uma nova cirurgia, que supostamente permite curar a diabetes tipo II, começou a ser realizada num hospital público da Costa Rica, com considerável sucesso, informou nesta sexta-feira (21/9/07) a equipa médica responsável pelo procedimento.
"A cirurgia metabólica surgiu de observações realizadas em pacientes submetidos à cirurgia de gastroplastia, que é praticada para reduzir peso em pacientes obesos", explicou o médico Víctor Manuel Ruiz, responsável pela equipe de cirurgiões do hospital Calderón Guardia, de San José.
"Há algum tempo observámos que os pacientes com gastroplastia não só diminuíam os seus pesos como melhoravam significativamente de doenças como diabetes e hipertensão, e chegàmos a conclusão de que, em parte, era porque a comida deixava de passar através do duodeno e o jejuno, que constituem a primeira parte do intestino delgado", precisou Ruiz.
O médico afirmou ainda que esse tipo de cirurgia só é feita no Brasil e no México.
Na Costa Rica já foram realizadas três experiências com êxito.
Além desses três países, a técnica já foi testada na Europa, onde tem dado excelentes resultados.
Segundo Ruiz, a cirurgia metabólica para curar a diabetes é menos complexa que a de gastroplastia e só necessita de pequenas incisões abdominais (laparoscopia), o que faz com que a recuperação dos pacientes seja mais rápida e com menos complicações.

Nova técnica de tratamento da Diabetes Tipo 2 - Jorge Loureiro

Uma nova técnica de tratamento da diabetes, através de cirurgia, está a ser aplicada em fase experimental e foi apresentada no Porto, no âmbito do XII Congresso Mundial da Cirurgia da Obesidade.
O autor da técnica é o médico italiano Francesco Rubino, que apresentou alguns dos seus resultados na reunião que decorreu no edifício da Alfândega.
Este tipo de cirurgia ainda está na fase 1 de desenvolvimento e em menos de cinco anos não são esperados resultados fiáveis.
A ideia é que se pode desviar o eixo do fígado e do pâncreas fazendo os alimentos chegar mais concentrados ao intestino delgado, evitando assim o desenvolvimento de diabetes.
A cirurgia abdominal consiste em retirar o duodeno, parte superior do intestino delgado, e assim reduzir o tempo em que o corpo absorve as calorias da comida ingerida.
Francesco Rubino e a sua equipa internacional e multidisciplinar acham que o duodeno poderia ser a última causa de resistência à insulina, a causadora da diabetes.
Já ocorrem operações destas na Itália, no Brasil, nos EUA.